sábado, 29 de janeiro de 2011

Sábio

um sábio nunca sorri
nunca em sua mente dá espaço ao desdém
sempre vigilante,atento a tudo
seu amor nunca se esvai
apenas guardado esperando a tormenta ir embora
em meio as forças turbilhionantes do mundo hostil,
sua fé continua inabalável
mesmo com os projéteis ardentes das línguas cheias de mostarda
mesmo com o desdém daqueles que o merecem
com sua calma semelhante ao mar infinito,
aguarda a hora certa de despertar sua ira justa
espera até o fim das coisas para o veredicto final
suporta a zombaria,suporta o escárnio sem o menor esforço
continua em seu caminho solitário
com os olhos fixos no prêmio
persevera em todas as coisas
observa os sinais e permanece em sua trilha
ignora as cicatrizes e a poeira no vento
seu amigo é o ermo,a planície desértica e o exílio
seu amigo são os pássaros nos céus e árvores
seu amigo é a chuva e o próprio Deus
por isso ama as riquezas da terra e não as almeja
se veste em serrapilheira
e carrega apenas seu arco e sua rabeca
incessante em sua jornada,espera até que finde a sua vida
porque?
pois este é um sábio

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